Quanto mais um governo se debate para tentar justificar o injustificável, mais seus malabarismos entregam a má fé e confirmam a estupidez do marketing predatório
Por: Conrado Vitali
02/02/2024 às 15h53Atualizada em 02/02/2024 às 16h40
Em vídeo publicitário de governo produzido por seus “brilhantes” marqueteiros e estrelado por ele próprio, Junão afirmava, com todas as palavras, que novo conjunto habitacional seria construído exatamente no local onde agora ele, chamado à responsabilidade pelo MP, afirma que se trata apenas de uma (sic) “intenção de edificar”
Não é só a estupidez humana que não tem limites, como ensinava um certo Albert Einstein (já ouviu falar?). A estupidez também é encontrada nas estratégias de marketing público predatório, feitas na medida para enrolar a vida jurídica e eleitoral de homens públicos sem filtro, que aceitam conselhos de amadores sem ao menos pensar nas consequências de seus atos. Quanto mais um governo se debate para tentar justificar o injustificável, mais seus malabarismos ridículos entregam a má fé e prenunciam um destino trágico. Pego com as calças na mão depois de ter utilizado dinheiro público para publicar uma revista oficial de “prestação de contas” que dava como certa uma promessa duvidosa, o prefeito de Guaíra (SP), Antonio Manoel da Silva Júnior, viu-se obrigado a recuar diante das garras do Ministério Público. O diabo é que os “gênios” de sua comunicação, no desespero para salvar o cargo e o jantar, continuam fazendo a maior lambança ao republicarem o que apagaram com o objetivo burro de mostrar “despreocupação”. Talvez devessem então dar destaque, quem sabe na abertura do site oficial do município, ao vídeo em que o próprio prefeito, no último dia 10 de novembro, afirmava, todo pimpão, que ali, exatamente no pomo da discórdia e no símbolo da mentira, seria construído um novo conjunto habitacional destinado a “abrigar os desvalidos”. Dizem que Madre Teresa, do sepulcro, não conseguiu esconder a inveja por tanta bondade.
A SALVAÇÃO DOS PLEBEUS E O CHICOTE DO MINISTÉRIO PÚBLICO
Para que não reste dúvida que em público Nabucodonosor vende os “Jardins Suspensos da Babilônia” como salvação aos plebeus mas, nos bastidores, sob o chicote do Ministério Público, confessa aos doutores que tudo nunca passou de apenas uma “intenção de edificar”; este inocente jornalista, que “pouco sabe sobre política e eleições”, publica, agora legível e para quem quiser ver, todas as letras do ofício em que Junão vira um “Juninho” diante dos homens da lei e dos riscos de ver sua candidatura à reeleição fazer água por crime previsto na legislação vigente. Como bem se sabe, em Guaíra (SP), “terra de sol , de luz e de malandros”, até entrevistas de mães de candidato são consideradas suficientes para impugnar prefeitos eleitos com 59% dos votos.
Nas imagens deste post, o vídeo em que Junão promete e o ofício em que “Juninho” confessa. Se isso, aos olhos de um cioso Ministério Público, não for um escárnio, o que então será?
A coluna “Por trás das Cortinas” é dedicada exclusivamente aos leitores e seguidores de Guaíra (SP), terra natal do autor.
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