Acusado de formação de quadrilha num esquema de rachadinhas na pasta de esportes, José Eduardo planejaria receber em sua propriedade os filhos do inelegível, entre os quais, Flávio Bolsonaro, o marajá nacional das rachadinhas.
Sob qualquer ângulo que se possa analisar, é, muito além do incompreensível, concretamente inaceitável para quem tem um mínimo de compromisso com a democracia, a vida e a ciência; bajular, às vésperas de uma prisão esperando para acontecer, a família de um ex-presidente inelegível, golpista e genocida, responsável, com seu negacionismo fascista, pelo morte de pelo menos 400 mil brasileiros. É nesse contexto macabro que surgem os rumores de que o ex-prefeito José Eduardo Coscrato Lelis estaria se preparando para receber, em sua fazenda, membros do clã Bolsonaro. Fala-se, sem confirmação oficial, que a Santa Helena seria palco de um “Dia de Campo” com a presença de filhos de Bolsonaro, entre os quais, Flávio “Fifty Fifty”, o marajá nacional das rachadinhas; e seu irmão, Eduardo “Bananinha”, amigo de milicianos cariocas e um dos mais abjetos parlamentares do Congresso Nacional e a quem Bolsonaro, quando presidente, tentou presentear com a embaixada do Brasil nos EUA, evocando a experiência do rebento como chapeiro de hamburguer no Maine. Ainda no campo sempre fluido dos rumores, a “notícia”, vazada por puxa-sacos locais e lacaios remunerados com escambo de não perecíveis, por si só, é um escárnio. Doutor Orlando, que um dia já tentou ungir José Eduardo como seu sucessor, ainda nos tempos em que a democracia era um valor respeitado na cidade; deve estar se debatendo no mausoléu. O bom moço de quase trinta anos atrás que recusou a oferta se apequenando pela primeira vez e deixando o rabo de foguete para Jorge Domingos (que , corajoso, não fugiu da raia) é o mesmo que agora trai novamente sua história, jogando os ideais sociais democratas que o forjaram na lata do lixo biográfico para abraçar genocidas, milicianos e golpistas. Mesmo que o tal “Dia de Campo”- que aqui se prefere chamar de “Dia da Falta de Vergonha”- não se realize e que seus “ilustres” convidados simplesmente dêem um bolo no anfitrião, o estrago, para quem ousa pensar, já está feito. Até agora José Eduardo não moveu um grão de soja para desmentir o rega bofe. Parece, para espanto do mundo habitado por pessoas que ainda têm cérebro, que o filho de Dona Edna se orgulha da “possibilidade” de fazer da Santa Helena um palco desavergonhado para o desfile de golpistas. Talvez fosse apropriado, em nome da democracia, também convidar o ministro Alexandre de Moraes. Xandão faria um bem danado a essa gente “valente”. Pois é José... Quem te viu...quem te vê...e quem não quer te ver mais...
A ANATOMIA DO HOMO SAPIENS NÃO FACILITA AS COISAS NEM PARA JOSÉ EDUARDO; NEM PARA JUNÃO
Dizem, desde tempos imemoriais, que a natureza é sábia. Talvez seja por isso que anatomia do Homo Sapiens, espécie que habita a terra há quase 200 mil anos, não facilite as coisas nem para José Eduardo e nem para Junão. Apesar de seu cérebro pouco desenvolvido, Bolsonaro, para o bem da verdade biológica, consegue andar ereto e, infelizmente, pertence à espécie. Como se sabe, o aparelho reprodutor do Sapiens, em sua versão masculina e desde o tempo em que as surubas aconteciam em cavernas, possui apenas duas gônodas dentro da bolsa escrotal. É pouco saco pra muito “puxa”. É assim, que numa cena dantesca, assistimos Junão pendurado de um lado e José Eduardo de outro. Ambos acreditando piamente, numa ofensa velada à inteligência dos guairenses, que a maioria dos eleitores locais é devota inflexível do “mito”. É o divertido e acéfalo Balangandã dos Jequilóides, seu Mito e os Rachadores. É a proporção descartiana do “onde há um jeca, há um bolsonarista”. Talvez contaminados pelo que se poderia chamar de osmose reversa, tanto José quanto Junão estejam sendo sugados para o universo cerebral atrofiado do boslonarismo. Esquecem-se os dois que desde 2021, uma parcela nada desprezível dos eleitores guairenses não aparece para votar, desanimada com a indiferença de maus salvadores populistas e bons moços acovardados. Essa gente, amontoada na “Esfinge da Abstenção” , pode resolver aparecer este ano e desfilar no carro alegórico dos “NEM-NEM”: nem Junão; nem José Eduardo.
Na imagem deste post, reconstrução do “Homo erectus”, ancestral do homem moderno na cadeia evolutiva do “Homo sapiens”. Evolução para uns. Involução para outros.
A coluna “Por trás das Cortinas” é dedicada exclusivamente aos leitores e seguidores de Guaíra (SP), terra natal do autor.
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