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Mãe, sociedade e sobrecarga: o desafio de romper com o piloto automático do gênero

Psicóloga da Hapvida fala sobre a importância da divisão de tarefas e traz dicas para evitar o esgotamento

Maria Mandú
Por: Maria Mandú
09/05/2025 às 17h30
Mãe, sociedade e sobrecarga: o desafio de romper com o piloto automático do gênero

O Dia das Mães, celebrado no próximo domingo, dia 11, é uma excelente oportunidade para reforçar a importância da saúde mental materna.

Uma forma de promover o equilíbrio é dividir tarefas domésticas de maneira justa entre todos os membros da família, permitindo que todos tenham tempo para atividades de lazer, autocuidado e desenvolvimento pessoal. Essa abordagem alivia a carga de trabalho sobre um único membro e promove uma distribuição mais justa das responsabilidades, contribuindo para um ambiente mais harmonioso e respeitoso.

"Mãe não precisa ser heroína. Precisa de parceria", alerta a psicóloga da Hapvida, Lua Helena Moon Martins Cardoso.

Para a especialista, ser mãe é uma dádiva, uma responsabilidade que transforma tudo. “Também carrega consigo um sacrifício silencioso. Mas isso não significa, e nem deveria significar, abrir mão de si. Mãe não precisa virar sinônimo de esgotamento, de carregar o mundo nas costas sozinha, como se amar fosse suportar o insuportável sem dizer nada", afirma.

Segundo ela, o problema não é o amor e sim o piloto automático. Em grande parte dos lares, a louça e a roupa suja são responsabilidades exclusivas da esposa. "O boletim da escola não pode ser preocupação só dela. Se o jantar atrasa, quem sente culpa? E se, por acaso, sobra uma gota de energia, que eu percebo que é rara, ainda se espera que ela sorria e seja grata", cita a psicóloga.

A frase "ser mãe é um dom" tem sido questionada, ao mesmo tempo em que recai sobre ela parte das mudanças nos dias atuais. "A mãe já cuidava dos filhos, da casa e do trabalho. Agora, também assume, em alguns lares, o cuidado com os pais idosos", relata. "O sorriso, muitas vezes, é um disfarce, pois, na verdade, o corpo implora por repouso e o coração só queria, por um instante, ser acolhido", completa a psicóloga.

As mães devem reservar um tempo para atividades físicas, para a leitura ou para assistir a um filme. Conversas com uma amiga e até mesmo instantes de silêncio são indicados. Se necessário, a mulher deve buscar ajuda de uma profissional da área da Saúde.

Homens "parceiros reais"

"Ser mãe é uma tarefa coletiva, da casa, da família, do mundo. Homens não deveriam ser 'ajudantes', mas parceiros reais. Amor se escreve com atitudes. E educar um filho nunca foi tarefa só da mãe", afirma.

Neste domingo, dia 11, Lua Helena acredita que o maior presente não virá em formato de caixa. "Talvez ele esteja em um gesto simples e raro: dividir de verdade. Estar, sem que ela precise pedir", defende a psicóloga.

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