É muita presunção se autodenominar escriba? Já que para os incautos é válido explicar que os escribas eram escrivães que na antiguidade e também durante a idade média dominavam a escrita e a usavam para redigir as leis de sua região, a mando do governante, ou as normas de uma determinada religião, antes da invenção da prensa móvel.
Em um tempo onde a autodenominação está em voga, os títulos não são mais quadros que adornam paredes como forma de ostentação e sim, algo amplamente divulgado e dito, que acaba por se tornar realidade.
Vamos agora falar de realidade...
Foi-se o tempo em que a realidade deveria ser de forma suscinta algo plausível e palpável, de forma que fosse impossível a sua negação.
Um exemplo irônico, seria alguém dizer que o céu é cor de rosa; em tempos remotos seria rapidamente corrigido por todos e a insistência dessa afirmação ficaria configurada como maluquice, loucura e adjetivos condizentes.
Atualmente, primeiro o ouvinte olha para cima... olha novamente, até menciona que o interlocutor está equivocado... mais uma vez olha para cima, então a pessoa repete a sua afirmação, o segundo participante do diálogo já começa a se sentir confuso.
Com mais convicção, o primeiro amplifica sua certeza através de suas redes sociais... pronto, está feito... se iniciam uma série de questionamentos... pessoas concordando, discordando... algumas por conhecimento, outras por suas “razões”, outras por suas convicções e surgirão também aqueles que só querem se encaixar em alguma vibe ou tribo.
A pessoa que participou do diálogo já entrou em profundo questionamento pessoal, indagando inclusive a possibilidade de ter se tornado daltônico depois de muitos anos vividos.
Tem sido assim... pessoas, grupos, turmas, criando denominações e títulos e criando situações e acontecimentos completamente fora de contexto que após ampla divulgação, acabam por se tornar “realidades”, “verdades”, que fogem completamente do controle e principalmente da ordem e da lei.
E então, quando vemos um mundo girando de forma estranha ao nosso redor vem aquele pensamento:
Sou eu? Eu que sou diferente e estou destoando a sequencia natural do dia a dia?
Agora, penso também que sou escolhida para não fazer parte de um todo completamente absurdo e se fui escolhida e estou nessa situação, é durante um abraço de tranquilidade, amor e paz no braço do grande Pai que chega a remissão.
Acredito que não seja a única que tem essa sensação na vida e somente por este motivo, estou compartilhando esse texto.
Que seja dado o devido valor, para o que realmente tem valor, e que nossas existências possam ser a diferença para a construção de uma nova civilização.
Eu não estou sozinha... você não está sozinho... vamos seguir em frente, sempre de cabeça erguida e coração preenchido de coragem e fé!
Aguente firme!
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